A prefeita do
município de Traipu, Julliany Machado, esteve reunida, nessa
segunda-feira (21), com o secretário de Estado do Meio Ambiente e dos
Recursos Hídricos, Ivã Vilela, com quem sobrevoou a cidade
do Agreste alagoano, uma das 22 afetadas diretamente pelos efeitos da
seca em Alagoas. Na oportunidade, a prefeita voltou a cobrar mais
empenho por parte do governo estadual, no tocante à execução de obras de
infraestrutura que garantam o devido fornecimento d'água a toda a
população de Traipu.
O encontro também contou com a
participação do diretor-presidente do Instituto do Meio Ambiente, que
avaliou os danos causados pela estiagem, já que mais de 17 mil pessoas,
somente em Traipu, estão desabastecidas. Para a prefeita Julliany
Machado, o número é considerado alarmante e evidencia a gravidade do
problema.
"Temos pouco mais de vinte e
seis mil habitantes, dos quais setenta por cento habita a zona rural.
Muitos sobrevivem da agricultura familiar e não podem permanecer nesta
situação de penúria", destacou a prefeita, que garante trabalhar para
assistir os mais necessitados, com ações como a distribuição de cestas
básicas.
Julliany Machado
também destacou que a operação Carro-Pipa não é realizada a contento. "O
levantamento de nossa real demanda aponta que precisamos de quatro mil e
quatrocentas cestas básicas, o que amenizaria o problema. Mas o governo
oferta
apenas vinte litros de água por pessoa, quando o recomendável seria
oitenta litros", avaliou a prefeita de Traipu, garantindo fazer tudo o
que estiver ao alcance do Município.
"Também participamos, na
segunda-feira, de reunião na sede da Associação dos Municípios
Alagoanos, em Maceió, onde debatemos, junto a prefeitos de cidades
igualmente atingidas, de que maneira podemos contornar esta situação",
reforçou Julliany Machado, que também solicitou à equipe do governador
Teotonio Vilela a construção de poços e cisternas. "Afinal, também temos
de pensar saídas a longo prazo, a fim de que a população não volte a
sofrer com a falta d'água", emendou.
A prefeita explicou ainda que cada carro-pipa comporta oito mil litros d'água. Ao todo, são apenas quatro veículos,
que se revezam ao longo do dia, com cerca de cinco viagens cada, número
ainda considerado insuficiente - para suprir a demanda, eles deveriam
realizar mais de 40 viagens por dia.
"A operação coordenada pelo
Exército deixa a desejar porque são cerca de trinta viagens, o que não é
o bastante. Ou seja, precisaríamos de, no mínimo, mais quatro
carros-pipa", analisou a prefeita, que também esteve reunida - após o
sobrevoo de helicóptero - com o chefe do gabinete militar do governo
estadual, coronel Ronaldo dos Santos.
A visita técnica da
equipe da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos
(Semarh) aos 22 municípios afetados foi concluída nesta terça (22). O
objetivo foi averiguar o que cada região necessita para garantir o
funcionamento de poços artesianos, forma de captação de água mais
viável. Por isso, o grupo fará um relatório descrevendo os problemas verificados e apontando maneiras de se garantir o abastecimento.
Fonte: Assessoria
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