A delegacia da cidade de Girau do Ponciano não possui nenhuma estrutura física para o retorno da custodia de preso sob responsabilidade dos policiais civis. No entanto, estão sendo recolocados os xadrezes no local. A situação foi confirmada pelo Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) que esteve no município.
A entidade sindical registrou as precárias condições de trabalho e
estruturais. Em documentos, o sindicato relata que o alojamento está com
infiltrações. “Todas as paredes apresentam rachaduras e mofos. É comum
aparecer ratos. Portas estão destruídas pelos cupins”.
A delegacia não disponibiliza de uma estrutura de segurança. O muro é
baixo e poderá facilitar a fuga de presos. Em outra ocasião, já ocorreu à
tentativa de resgate de presos. Além disso, o local é do lado de uma
escola pública, onde crianças e adolescentes têm aulas todos os dias.
O pátio da delegacia está cheio de motos e carros velhos e amontoados, o
que configura um evidente risco de proliferação de doenças como dengue e
leptospirose. A escala de plantão fixa apenas um policial por dia.
No local é constante a falta de água e de energia. Ruídos na linha
telefônica impedem de o policial ouvir os apelos da população
necessitada.
O vice-presidente do Sindpol, Edeilto Gomes, está informando toda a
situação precária e solicita a retirada da carceragem. Os documentos
foram direcionados ao delegado da Regional de Arapiraca, Isaias
Rodrigues, ao juiz da cidade, Anderson Santos dos Passos, ao delegado de
Girau do Ponciano, Adalberto Meira Cavalcante, e à Promotoria de
Justiça.